14 de março de 2021
Após dois meses do anúncio da saída da Ford (ver aqui), empresas de autopeças em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), começam a desmontar as fábricas. A saída tem a ver com a incerteza de que uma nova montadora venha ocupar o lugar da Ford em curto prazo. A procura por compradores dos maquinários é um desses sinais.
Segundo o BPMoney, 30 empresas abasteciam diretamente a multinacional. As companhias representam os maiores fornecedores da Ford, chamados “tier 1”, sendo que 18 delas ficam dentro do condomínio da Ford. São as denominadas “sistemistas” por produzirem vários sistemas de veículos. Outras 12 fábricas estão em outros pontos da cidade.
A maioria é de subsidiárias de grupos globais, como a italiana Pirelli (pneus), as alemãs Benteler (trem de força e suspenção) e Bosch (velas de ignição), a francesa Faurecia (escapamentos e peças plásticas) e a portuguesa Sodecia (peças de carroceria). Com a saída, as empresas focam em sanar prejuízos imediatos, como o aluguel de galpões e custos de pessoal. Elas também negociam com a montadora uma solução para o encalhe de produtos e insumos.
Em torno de 7,5 mil pessoas ficaram desempregadas com a saída da Ford de Camaçari, como informou o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Segundo o superintendente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), 4% dos empregos industriais do Estado foram encerrados com o fim das atividades da montadora.
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