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Salvador e RMS tiveram média de quatro tiroteios por dia nos últimos 6 meses - LFTV

31 de janeiro de 2023

Instituto informa ainda que 663 pessoas foram baleadas em Salvador e RMS.

O segundo semestre de 2022 registrou 753 tiroteios e disparos de arma de fogo em Salvador e Região Metropolitana. O número indica uma média de quatro tiroteios a cada 24 horas nos últimos seis meses. Os dados são do relatório anual do Instituto Fogo Cruzado.

Dos tiroteios mapeados, 244 (32%) aconteceram durante ações policiais. No total, 663 pessoas foram baleadas, sendo que 499 morreram e 164 ficaram feridas. O número representa uma média de quatro baleados a cada 24 horas.

Considerando somente os baleados durante ações ou operações policiais, foram 172 mortos e 48 feridos, o que representa 34% dos mortos e 29% dos feridos mapeados em toda região metropolitana nos últimos seis meses.

Municípios

Entre os 13 municípios que fazem parte da região metropolitana, Salvador foi o mais afetado pela violência armada e concentrou 74% dos tiroteios, 68% dos mortos e 79% dos feridos acumulados em toda região metropolitana.

Os municípios mais afetados pela violência armada foram:

● Salvador: 559 tiroteios, 340 mortos e 130 feridos
● Camaçari: 74 tiroteios, 51 mortos e 8 feridos
● Lauro de Freitas: 34 tiroteios, 20 mortos e 9 feridos
● Simões Filho: 30 tiroteios, 32 mortos e 5 feridos
● Mata de São João: 13 tiroteios, 13 mortos e 2 feridos

Com base nos dados do Censo de 2010, os negros representam mais de 70% da população residente dos seis bairros mais impactados pela violência armada em Salvador e região metropolitana:

● Fazenda Coutos (Salvador): 27 tiroteios, 6 mortos e 2 feridos – 91% da população negra e 8% branca

● São Cristóvão (Salvador): 20 tiroteios, 21 mortos e 1 ferido – 84% da população negra e 14% branca

● Águas Claras (Salvador): 20 tiroteios, 13 mortos e 2 feridos – 86% da população negra e 12% branca

● Lobato (Salvador): 19 tiroteios, 18 mortos e 3 feridos – 90% da população negra e 9% branca

● Engenho Velho da Federação (Salvador): 17 tiroteios, 12 mortos e 16 feridos – 87% da população negra e 12% branca

Entre os 663 baleados em Salvador e região metropolitana no segundo semestre, foi possível identificar a cor/raça de apenas 180 deles. Dos 499 mortos, os negros são a maioria dentre os perfis identificados, com 134 mortos, seguido dos brancos, com 27 vítimas. Entre os 164 feridos, 14 eram negros, quatro eram brancos e um era amarelo.

Agentes de segurança

Foi constatado que 25 agentes de segurança foram baleados em seis meses: nove morreram (um em serviço, quatro fora de serviço, três eram aposentados/exonerados do cargo e um não
teve o status de serviço revelado) e 16 ficaram feridos (oito em serviço e oito fora de serviço).

Os policiais militares foram a categoria mais afetada pela violência armada. Dos nove mortos, três eram policiais militares, dois eram militares do Exército, um era da Aeronáutica, um era policial civil, um era agente socioeducativo e um não foi identificado. Dos 16 feridos, todos eram policiais militares.

Trabalhadores informais

Nove motoristas de aplicativo foram baleados: oito deles morreram e um ficou ferido. Oito vendedores ambulantes foram baleados, sendo que quatro morreram e quatro ficaram feridos.

Sete mototaxistas foram baleados. Quatro morreram e três ficaram feridos; dois entregadores/motoboys foram baleados e morreram; oito rifeiros foram mortos a tiros nos seis meses.

Chacinas

Houve 18 chacinas em Salvador e região metropolitana, deixando 60 pessoas mortas. Em 13 dos casos (72%), as vítimas foram mortas durante ações ou operações policiais, totalizando 45 mortos em chacinas policiais.

Feminicídio

Quatro mulheres foram vítimas de feminicídio por disparo de arma de fogo.

Balas perdidas

21 pessoas foram vítimas de balas perdidas: deste número, oito morreram e 13 ficaram feridas. Entre as vítimas, 12 foram atingidas durante ações ou operações policiais: quatro
morreram e oito ficaram feridas.

Considerando a faixa etária das 21 vítimas, duas eram crianças, duas eram adolescentes e quatro eram idosos.

O que diz a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA)

Por meio de nota enviada ao BNews, a Secretaria da Segurança afirmou não comentar os dados apresentados pelo instituto. Isso porque não se trata de um recurso oficial. “Não é possível atestar a veracidade das informações que são apresentadas, o que impossibilita, inclusive, a utilização desse recurso para fins policiais. Os dados gerados de forma indiscriminada e sem confirmação oficial podem produzir estatísticas distorcidas”, diz parte da nota.

A pasta reforça que vários recursos para a coleta de informações, inclusive de forma anônima, estão disponíveis. São elas o Disque Denúncia (181), o 190, além das redes sociais.

Fonte: BNews.

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