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Baianos são resgatados no Rio Grande do Sul em condições análogas à escravidão - LFTV

24 de fevereiro de 2023

Trabalhadores atuavam em vinícolas durante às colheitas de uvas. Um empresário, da cidade de Valente, foi preso.

Cerca de 200 homens, que viviam em condições análogas à escravidão, foram resgatados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul. Segundo informações da corporação, a localização das vítimas foi feita na noite de quarta-feira (22).

Inicialmente, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que eram 150 pessoas. No entanto, o número foi atualizado no fim da tarde da quinta-feira (23) pelo g1 Rio do Rio Grande do Sul. No momento, os homens estão alojados temporariamente no ginásio Darcy Pozza.

Tudo começou quando 3 trabalhadores fugiram do alojamento em que eram mantidos e buscaram ajuda policial em Caxias do Sul. Eles contaram que vieram da Bahia para trabalhar na colheita da uva com promessa de salários superiores a R$ 3 mil, além de acomodação e alimentação. Porém, nada foi cumprido.

Na prática, os trabalhadores relataram atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, longas jornadas de trabalho e oferta de alimentos estragados. Em entrevista à RBS TV, um dos homens detalhou as condições em que ele e os colegas viviam na acomodação oferecida pelos empregadores e a relação com a empresa responsável pela contratação.

“Todos os dias, a gente amanhece com o pensamento de ir para casa. Mas não tem como a pessoa ir para casa, porque eles prendem a gente de uma forma que ou a gente fica ou, se não quiser ficar, vai morrer. Se a gente quiser sair, quebrar o contrato, sai sem direito a nada, nem os dias trabalhados, sem passagem, sem nada. Então, a gente é forçado a ficar”, contou.

As vítimas apontaram ainda casos de coação para permanência no local, sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho. E casos de violência com choque elétrico e spray de pimenta.

Operação policial

A operação de resgate foi realizada por PRF, MTE e Polícia Federal (PF). O responsável pela empresa, que mantinha os trabalhadores, foi preso e encaminhado, inicialmente, para a delegacia da Polícia Federal (PF) em Caxias do Sul.

Na sequência, ele foi transferido para um presídio em Bento Gonçalves. E na quinta (23), foi liberado após o pagamento de fiança de cerca de R$ 40 mil. O homem tem 45 anos de idade e é natural de Valente, na Bahia.

Segundo a PF, a empresa tem contratos com diversas vinícolas da região, presta serviços de apoio administrativo e os trabalhadores teriam sido contratados para atuar na colheita da uva.

O MTE diz que vai analisar individualmente os direitos trabalhistas de cada trabalhador para a buscar a devida compensação.

Fonte: IBahia.

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