24 de março de 2023
MTE fiscalizou local na manhã desta sexta-feira (24) e encontrou trabalhadores no local do evento.
Cinco trabalhadores foram resgatados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta sexta-feira (24), em situação análoga à escravidão na montagem do festival Lollapalooza, que acontece em São Paulo.
De acordo com o MTE, os cinco homens, que trabalhavam para uma prestadora de serviços do festival, estavam dormindo entre fardos de bebidas, sobre pallets e colchonetes, em tendas que foram montadas dentro do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital paulista, onde acontece o evento.
O órgão afirma que os trabalhadores não estavam registrados. Para o MTE, os trabalhadores relataram que ouviram dos empregadores que se fossem para casa, não precisaram voltar, pois seriam substituídos.
À ‘Folha’, os homens contaram que a jornada de trabalho no local era cerca de 12 horas diárias e o pagamento era R$ 130 por dia. Parte dos resgatados começaram a trabalhar no dia 16 e outra no dia 17 de março. O serviço duraria até o dia 29, com a desmontagem do evento.
Por meio de nota, T4F, empresa responsável pelo Lollapalooza, disse que a empresa terceirizada Yellow Stripe descumpriu uma regra e teve seu contrato rescindido. A empresa cita a situação como um caso isolado, no entanto, esta é a quarta vez que a festa é relacionada ao trabalho análogo à escravidão.
“A T4F, responsável pela organização do Lollapalooza Brasil, tem como prioridade que todas pessoas envolvidas no evento tenham as devidas condições de trabalho garantidas e, portanto, exige que todas as empresas prestadoras de serviço façam o mesmo.
Nesta semana, durante uma fiscalização do Ministério do Trabalho no Autódromo de Interlagos, foram identificados 5 profissionais da Yellow Stripe (empresa terceirizada responsável pela operação dos bares do Lollapalooza Brasil), que, na visão dos auditores, se enquadrariam em trabalho análogo à escravidão. Os mesmos trabalharam durante 5 dias dentro do Autódromo de Interlagos e, segundo apurado pelos auditores, dormiram no local de trabalho, algo que é terminantemente proibido pela T4F.
Diante desta constatação, a T4F encerrou imediatamente a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe e se certificou que todos os direitos dos 5 trabalhadores envolvidos fossem garantidos de acordo com as diretrizes dos auditores do Ministério do Trabalho.”
Fonte: IBahia.
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