Maduro tenta mandar mensagem em inglês a Biden e vira alvo de piadas - LFTV

Após os Estados Unidos imporem novas sanções à Venezuela devido à repressão à oposição nas eleições agendadas para julho, o ditador Nicolás Maduro tentou enviar uma mensagem ao presidente americano, Joe Biden, durante seu programa na televisão estatal. No entanto, sua tentativa, em inglês rudimentar, gerou risos até entre os apoiadores do regime, devido à dificuldade do líder em pronunciar corretamente o idioma.

Durante a transmissão ao vivo, Maduro expressou o desejo de “não fechar a porta do diálogo com ninguém”. Ele instruiu os negociadores venezuelanos a transmitirem mensagens ao presidente americano e, com alguma hesitação, tentou em inglês: “Se você quer, eu quero. Se você não quer, eu não quero.”

A declaração provocou risos no estúdio da televisão, e Maduro mesmo traduziu a mensagem para o espanhol em seguida. O incidente se tornou motivo de piadas e acabou viralizando nas redes sociais.

Essa mensagem a Washington ocorreu poucos dias antes do vencimento, na quinta-feira, de uma licença temporária que havia amenizado as sanções contra o setor de petróleo e gás da Venezuela. Segundo o governo americano, a licença não será renovada devido ao fracasso de Maduro em cumprir suas promessas de eleições livres.

Washington suspendeu as sanções ao setor energético e ao ouro venezuelano em outubro de 2023, após um acordo mediado pela Noruega entre o regime venezuelano e a oposição. O acordo indicava a possibilidade de a oposição participar das eleições presidenciais previstas para 28 de julho, nas quais Maduro busca um terceiro mandato. No entanto, desde então, a principal rival de Maduro, María Corina Machado, permaneceu inelegível, e a pessoa nomeada por ela para substituí-la, Corina Yoris, não conseguiu registrar sua candidatura.

Insatisfeito com a situação, Washington advertiu várias vezes que, se Caracas não mudasse de curso, iria reimpor as sanções. Em janeiro, a Casa Branca reativou as sanções à empresa estatal de mineração de ouro, após o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela confirmar a inelegibilidade política de María Corina.