25 de junho de 2024
O Supremo Tribunal Federal (STF) pode concluir nesta semana o julgamento do recurso que questiona se o porte de maconha para consumo pessoal é crime. O assunto será debatido nas sessões desta terça-feira (25) e quarta-feira (26).
Até agora, nove ministros já se manifestaram, mas ainda não houve uma maioria formada sobre o tema central. Restam os votos dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Após a decisão, será necessário definir um critério para distinguir entre usuários e traficantes, incluindo a quantidade permitida, com sugestões variando entre 10 e 60 gramas.
A votação decidirá se o porte de maconha para uso pessoal deve ser considerado crime, com três correntes de opinião entre os ministros:
Cinco ministros (Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, e Alexandre de Moraes) argumentam que o porte de drogas para consumo pessoal não é crime, mas sim uma infração administrativa que pode resultar em advertências e medidas educativas.
Três ministros (Cristiano Zanin, Nunes Marques, e André Mendonça) defendem que a lei atual é constitucional e que o porte de drogas deve continuar sendo considerado crime com sanções socioeducativas.
O ministro Dias Toffoli propõe que, embora a Lei de Drogas de 2006 tenha descriminalizado a prática, as punições administrativas devem continuar, com os casos sendo julgados pela Justiça Penal.
É importante destacar que a discussão no STF não envolve a legalização ou liberação do consumo de entorpecentes. O uso de drogas, mesmo que para consumo pessoal, continuará sendo contrário à lei, sujeitando-se a sanções como advertências e medidas educativas.
O caso começou a ser analisado em 2015 e foi interrompido várias vezes para permitir uma análise mais detalhada do texto.
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