10 de outubro de 2024
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), recuou de sua decisão de demitir cerca de 2 mil servidores públicos, apenas dois dias após ser derrotado nas eleições para a prefeitura da capital. Em uma nova publicação no Diário Oficial do Município, ele suspendeu os efeitos dos decretos que haviam exonerado os servidores.
Ao todo, 1.962 funcionários, incluindo comissionados de 13 secretarias, foram dispensados. Segundo uma nota oficial da prefeitura, a decisão tinha como justificativa a necessidade de preservar a saúde financeira de Goiânia e garantir o cumprimento das metas fiscais da gestão.
A medida gerou críticas tanto em Goiânia quanto no estado de Goiás. O Sindicato dos Jornalistas de Goiás enviou um comunicado ao gabinete do prefeito argumentando que, “independentemente do resultado das eleições e do período final de mandato, é essencial que a população continue sendo informada sobre as atividades e serviços da prefeitura”. Entre os exonerados estavam 50 jornalistas que atuavam como assessores em diversas secretarias do município.
Rogério Cruz, que é radialista e pastor evangélico, iniciou sua carreira política como vereador em Goiânia, cargo que ocupou de 2012 a 2020. Ele foi eleito vice-prefeito na chapa de Maguito Vilela (MDB), mas assumiu a prefeitura após a morte de Maguito, em 13 de janeiro de 2021, em decorrência da COVID-19. Nas eleições deste ano, Cruz recebeu pouco mais de 20 mil votos, terminando em penúltimo lugar na disputa.
O segundo turno das eleições em Goiânia será entre Fred Rodrigues (PL) e Sandro Mabel (União). A eleição envolve a disputa de influência entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia Rodrigues, e o governador Ronaldo Caiado (União), que apoia Mabel.
Compartilhar Notícia