Imagem da notícias

Julgamento de mineradora envolvida em tragédia de Mariana começa nesta segunda no Reino Unido - LFTV

22 de outubro de 2024

A partir desta segunda-feira (21), a mineradora anglo-australiana BHP Billiton enfrentará um julgamento na Justiça britânica para determinar sua responsabilidade na tragédia do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015, em Mariana (MG). A barragem era de propriedade da Samarco, uma joint-venture entre a BHP Brasil e a mineradora Vale.

Conforme informações da Agência Brasil, o julgamento está previsto para durar até 5 de março de 2025. As primeiras audiências serão dedicadas às declarações iniciais dos advogados de ambas as partes. Durante o processo, a empresa e o escritório de advocacia Pogust Goodhead (PG), que representa os brasileiros afetados, poderão levantar questões sobre o grau de controle que a BHP exercia sobre a barragem, sua segurança e as ações da empresa após o colapso.

O caso, que tramita na Corte de Tecnologia e Construção de Londres, terá várias fases, incluindo a apresentação de provas, pausas e um prazo de até três meses para a decisão da juíza. As audiências terminarão com a defesa oral dos advogados dos reclamantes e da BHP, que ocorrerá entre 24 de fevereiro e 5 de março.

De acordo com o escritório PG, que representa 620 mil pessoas, 46 municípios e 1,5 mil empresas impactadas pelo desastre, a responsabilização da BHP pode resultar em uma indenização estimada em R$ 230 bilhões.

Paralelamente, o escritório PG moveu outro processo contra a Vale na Justiça holandesa, já que a mineradora brasileira possui uma subsidiária nos Países Baixos. Segundo o PG, eventuais acordos de reparação firmados no Brasil, envolvendo as mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, não interferem nos processos internacionais.

A acusação alega que a BHP Billiton deve ser responsabilizada, já que era beneficiária e financiadora das atividades da Samarco, além de controladora da mineradora.

Em comunicado divulgado na semana passada, a BHP argumentou que o processo no Reino Unido é redundante e prejudica os esforços em andamento no Brasil. A empresa nega as alegações de controle sobre a Samarco, afirmando que a mineradora sempre operou de forma independente. A BHP reforçou seu compromisso em trabalhar com a Samarco e a Vale para continuar o processo de reparação e compensação no Brasil.

A empresa classificou o rompimento da barragem como “uma tragédia” e expressou solidariedade às famílias e comunidades afetadas. As informações são da Agência Brasil.

logo LFTV
Homem lendo jornal

Compartilhar Notícia

Notícias relacionadas
Loading...
Loading...
Loading...
Loading...
Loading...
Loading...

Mídia sociais

Como Chegar


Av. Praia de Guarujá, nº 865. Edf. Guaruja Business.
Bairro: Vilas do Atlântico, cidade: Lauro de Freitas - Bahia.
CEP:42707-650
logo LFTV