Número de acidentes aéreos em 2024 foi o maior da última década, segundo FAB - LFTV

De acordo com dados do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), da Força Aérea Brasileira (FAB), o Brasil registrou 175 acidentes aéreos em 2024, o maior número da última década. Os anos com mais ocorrências após 2024 foram 2015, com 172 acidentes, e 2018, com 167 casos.

Entre 1º de janeiro e 24 de dezembro de 2024, os acidentes resultaram na morte de 153 pessoas, segundo informações da FAB. Confira a lista completa dos últimos anos:
• 2024: 175 acidentes (153 mortes)
• 2015: 172 acidentes (79 mortes)
• 2018: 167 acidentes (81 mortes)
• 2016: 164 acidentes (104 mortes)
• 2023: 155 acidentes (77 mortes)
• 2019: 151 acidentes (66 mortes)
• 2020: 150 acidentes (55 mortes)
• 2017: 146 acidentes (54 mortes)
• 2021: 141 acidentes (60 mortes)
• 2022: 138 acidentes (49 mortes)

A maior tragédia aérea de 2024 envolveu o voo 2283 da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP) no dia 9 de agosto. A aeronave ATR 72–500 partiu de Cascavel (PR) com destino ao aeroporto de Guarulhos (SP), e a maioria das vítimas fatais do ano estava a bordo desse voo.

O segundo acidente mais grave ocorreu em Gramado (RS), onde um avião colidiu contra a chaminé de um prédio, atingiu o segundo andar de uma casa e, por fim, caiu sobre uma loja. Os destroços ainda atingiram uma pousada. Todas as dez pessoas a bordo morreram.

Já em 2025, até o momento, foram registrados 22 acidentes, com 10 mortes. Um dos casos ocorreu na última sexta-feira (7), quando um avião caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. O bimotor turboélice havia decolado do Aeroporto Campo de Marte com destino a Porto Alegre (RS).

Segundo a Polícia Militar, duas pessoas que estavam na aeronave faleceram: o advogado Márcio Louzada Carpena, de 49 anos, e o piloto Gustavo Carneiro Medeiros. Seis pessoas que estavam na rua ficaram feridas, e um ônibus com 30 passageiros foi atingido na parte traseira.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à FAB, será responsável pela investigação do caso.