4 de abril de 2025
A médica Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, de 30 anos, foi sentenciada a 16 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, por participação em uma organização criminosa de estrutura familiar. Segundo as investigações, ela chefiava o setor financeiro do grupo, sendo responsável pela lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. A decisão foi emitida anteontem por um colegiado de três juízes da 3ª Vara Criminal de Feira de Santana. A defesa já informou que irá recorrer da sentença.
Além da pena, a Justiça determinou o confisco de uma série de bens ligados ao grupo, incluindo 11 imóveis, 15 veículos e mais de 500 cabeças de gado — patrimônio que pode ultrapassar os R$ 50 milhões. A apuração apontou que o esquema utilizava métodos sofisticados para ocultar o dinheiro ilícito, como empresas de fachada e transações financeiras fracionadas. Larissa e sua mãe, também condenada, eram responsáveis pela coordenação dessas operações de lavagem de dinheiro.
O grupo ainda realizava a compra de imóveis com dinheiro em espécie e utilizava “laranjas” para esconder a real propriedade dos bens. De acordo com o Ministério Público da Bahia, a médica e seus familiares desempenhavam um papel central na administração financeira da organização, que atuava no tráfico de drogas em Feira de Santana e outras cidades baianas. O líder da quadrilha, pai de Larissa, foi morto durante a Operação Kariri, realizada pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado.
Compartilhar Notícia